quinta-feira, 14 de julho de 2011

Vaqueiros em Foco na cidade de Serrinha

 Cavalgada - Desfile pré-vaquejada - Bairro da vaquejada - Proximidades do Parque  - Parte 1

Cavalgada - Desfile pré-vaquejada na Praça Morena Bela - Parte2

Cavalgada - Desfile pré-vaquejada na Praça Morena Bela - Parte 3

Cavalgada - Desfile pré-vaquejada Praça Luís Nogueira - Centro

Cavalgada - Desfile pré-vaquejada Praça Luís Nogueira

Foto da Senhora Maria do Carmo - Nome também do parque de vaquejada de Serrinha
 
Vaqueiro na "Arena" - Parque Maria do Carmo - Serrinha - Bahia

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O poder da imagem na divulgação sobre o passado e o presente da vaquejada


Caatinga primeiro "parque" da Vaquejada


A história mostrar que o estudo e a observação de imagens articulam a necessidade da construção de identidades biográficas ou autobiográfica de um povo e comunidade específica, neste caso, o homem do campo, idealizado como um herói contemporâneo o vaqueiro, neste ponto o passado histórico o ramifica como um elo exposto ao atual.
A imagem tem o papel de mostrar e tentar resgatar a origem, o desenvolvimento e a ideia atual de uma identidade historiográfica de um segmento humano, quando falamos em imagem (figura, xirografia, pintura e foto) cria discussões de levar adiante a comprovação dos fatos ampliando e aprofundando a história. Mas essas são apenas maneiras diferentes de dizer: construir uma narrativa coerente para os personagens que somos – ou pelo menos parte deles, aquela parte criada por nós mesmos e que encarnamos diante dos outros e do espelho. Criar narrativas sobre nós mesmos é, afinal, indispensável para as ações cotidianas, e todos o fazemos de forma mais ou menos consciente todo o tempo.  Nesse sentido diz Gilles Lipovetsky:

Todas as lembranças, todos os universos de sentido, todos os imaginários coletivos que fazem referência ao passado são o que pode ser convocado e reutilizado para a construção de identidades e a realização pessoal dos indivíduos (2004, p.97)

Vaqueiro de ontem, mais muitos copiados nos dias atuais.

Neste contexto a imagem e apoio tecnológico fazem uma viagem, idealiza uma análise da forma as circunstâncias se objetivam, mostram o passado desta maneira podemos compreender o presente e consequentemente fazer um parâmetro para o futuro histórico e epistemológico com a humanidade, como personagens e o que essa objetivação nos mostra sobre a tentativa de construção de identidade, do passado ou a referida presença atual deste no ambiente, para tal, nos debruçaremos sobre as características específicas da supervalorização da memória e do testemunho como tentativa de recuperação de identidades fragmentadas, discutindo a questão da tendência contemporânea sem esquecimento do passado, acredito que o papel da imagem é importante para a historiografia de um personagem ou povo para uma idealização fixa atual.


REFERÊNCIA:
LIPOVETSKY, Gilles: Os tempos hipermodernos, 1ª edição, Editora Barcarolla, São Paulo, 2004.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Uma breve História da Vaquejada



Como o conhecimento do processo histórico da necessidade do homem do campo transforma-se em esporte intitulado Vaquejada?
Bravos vaqueiros entrando na mata para as pegas de gado.



Na época dos coronéis, quando não havia cercas no sertão nordestino, os animais eram marcados e soltos na mata. Depois de alguns meses, os coronéis reuniam os peões (vaqueiros) para juntar o gado marcado. Eram as pegas de gado, que originalmente aconteciam no pelos vaqueiros. Montados em seus cavalos, vestidos com gibões de couro, estes bravos vaqueiros se embrenhavam na mata cerrada em busca dos bois, fazendo malabarismos para escaparem dos arranhões de espinhos e pontas de galhos secos. 

Alguns animais se reproduziam no mato. Os filhotes eram selvagens por nunca terem mantido contato com seres humanos, e eram esses animais os mais difíceis de serem capturados. Mesmo assim, os bravos vaqueiros perseguiam, laçavam e traziam os bois aos pés do coronel. Nessa luta, alguns desses homens se destacavam por sua valentia e habilidade, e foi daí que surgiu a idéia da realização de disputas, surgindo assim a vaquejada.

Vale lembrar que a cultura da vaquejada atual é um seguimento da cultura do vaqueiro dos séculos passados, onde não se tinha uma tecnologia de ponta e tudo era feito de maneira braçal e com o auxílio dos cavalos e burros, animais esses, que tiveram e tem grande importância na história da cultura do vaqueiro nordestino, e também na história geral do Brasil, pela serventia do meio de transporte e na labuta da agricultura, foi útil ao homem, com mais intensidade, numa época em que não existiam máquinas agrícolas.

ALBANI, Galo Diez, Segredos da Bahia. JANGADA Brasil – nº24 de Agosto de 2000, o Vaqueiro Nordestino.

Clic no vídeo abaixo e saiba mais sobre esta Cultura:

 
Acessado no You Tube http://www.youtube.com/watch?v=qW8njCaI4AM
Postado no site: www.vaquejadanoar.com.br

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A contribuição da Imagem para a História





(Pintura: A vida no campo, Vaquejada de Ernest Zeuner óleo sobre tela) Esta imagem  mostra a origem do esporte ao mesmo tempo nos remete ao passado.
(Gravura: Rachinho de Naif)  Traços simples.
A fotografia com todos seus detalhes reais.

A escrita e a imagem envolvem interpretação e a pesquisa através da abordagem dentro do evento, permite chegar ao retrato completo da situação histórica, ou seja, a figura é mais fiel aos fatos para ajudar o diálogo pela possibilidade de demonstrar sua legitimidade e quando uma história é mostrada como uma imagem, nós diríamos que a característica primária é a possibilidade que ela dá ao leitor de ver-se imediatamente transportado para um período ou local diferente. As imagens quando diversificadas para um determinado acontecimento, dão pistas mais detalhadas dos visuais constantes - informações sobre a paisagem, os personagens – dentre outros elementos importantes para personalizar a história como uma janela aberta direto a fato questionado que entram no subconsciente do leitor. Pelo menos essa é a teoria nas questões que envolvem a participação da imagem para enriquecer a história.
Na vaquejada, por exemplos as imagens são também importantes para mostrar todas as transformações deste contexto histórico, ao longo do tempo, mesmo antes das fotografias os ideais de demonstração imagéticas já eram permitidos através das figuras, desenhos e pinturas, também no artesanato e estátuas e consequetemente, com evolução chegamos as fotografias que nos seus primórdios eram pretas e brancas.  Hoje além de coloridas estão também na Era da digitalização e pixels das “máquinas” de últimas gerações, agora chamadas de câmeras, também a sua divulgação pelo computador, nas redes sociais e sites característicos destes eventos permite um conhecimento maior sobre a vaquejada como qualquer outro acontecimento da historiografia regional ou mundial.  
 

Vaqueiro: Um personagem importante da História


Vaqueiro em trajes típicos exemplo de tradição
O vaqueiro personagem típico do Nordeste principalmente na caatinga, o vaqueiro enfrenta a inóspita natureza da região sisaleira e sertanista, devido a exposição do sol pelo seu trabalho em ambiente livre usa o chapeu e roupas de couro como proteção além do uso do gibão e perneira torna se um escudo contra a vegetação rasteira e espinhosa da caatinga proteção tanto para o homem como para o cavalo.
A presença do vaqueiro existe no Brasil, desde dos primórdios da nossa colonização, colaborou diretamente com o povoamento interiorano do Brasil devido as terras litorâneas serem menos favoráveis a este tipo de criadouro, com isso esse personagem importante para a nossa região criou a identidade da “civilização do couro” devido a suas vestimentas.
Permitiu também, uma nova maneira de viver simbolizando o vaqueiro brasileiro como um grande trabalhador de grande resistência física e moral, no desenvolvimento de suas funções rudes, não menos importante para a historiografia do Brasil e principalmente do Nordeste brasileiro compondo mais tarde a Vaquejada como elemento essencial para esta competição.

Iconografia da vaquejada

(Xirografia: a vaquejada de J. Miguel) Técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada.
Boneco de biscuit - Tema vaquejada



A formação e o desenvolvimento da pesquisa iconográfica pode valorizar um texto sobre um tema ou período importante para a história com desenhos, gravuras e também na contribuição de esculturas, além de obras arquitetônicas, quadros ou fotografias de pessoas. A vaquejada como elemento cultural de um povo também tem sua iconografia através de vários desenvolvimentos artísticos, e neste contexto importante, a cultura do vaqueiro desperta e resgata a regionalidade  através da xilogravura e artesanatos. 
Vaquejada em massapê do Mestre Vitalino  (1909 -1963)
Os artesanatos permitem a visualiuzação, bem como, o contato e a decoração de ambientes, o biscuit é algo bem novo, porém segue os costumes dos antigos na arte de modelar através das mãos, tendo como exemplo o Mestre Vitalino que divulgou bastante a regionalidade nordestina, não deixando de representar muito bem a vaquejada com uma bela obra em sua sensibilidade artística deste grande nome brasileiro, como visto a cima.


terça-feira, 5 de julho de 2011

Vaquejada: Regionalidade Cultural Educacional


Escola e regionalidade: uma forte ligação para a introdução dos estudos da História.


Como a História através da comunicação pode contribuir para o conhecimento e sua importância no desenvolvimento da vida do vaqueiro (homem do campo ou simpatizante apaixonado pelo esporte- Vaquejada) e a Cultura Nordestina para sua própria sobrevivência no processo histórico, social, cultural e educacional deste povo?
A educação é um acontecimento pessoal. É pela educação que a cultura é transmitida, conservada e transformada, nesta premissa a Vaquejada é introduzida no ambiente escolar como ícone cultural e histórico do povo nordestino, devendo ser trabalhado em sua historicidade que vem desde o período colonial com as pegas de boi até a importância na atualidade quando virou esporte baseando-se na lei nº 10.220 de 11 de abril de 2001.


todas as pessoas têm cultura. Melhor dizendo, todas as  pessoasvivem de acordo com uma determinada cultura. A cultura abrange a maneira de viver (agir, pensar e sentir) de um povo. Maneira de viver que pode ter aspectos comuns e aspectos diferentes em relação a maneira de viver de outros povos. A forma de organização social de um povo, portanto, também parte de sua cultura.” (PELETTI, Nelson. 1999.210)
No contexto escolar a prática da vaquejada deverá despertar no educando uma visão crítica e reflexiva a cerca desse recurso do homem do campo que virou uma grande festa popular. Essa prática também gera protesto de entidades protetoras dos animas e a escola é um ambiente propício para um debate pedagógico utilizando-se de recursos como: seminários, peças teatrais, literatura de cordel entre outros.

FRANCO, Tasso. Serrinha A colonização Portuguesa numa cidade do sertão da Bahia: EGBA, Assembleia Legislativa, 1996. P. 386.